23 de março

O argentino do bem

O brasileiro comum vai levar ainda algum tempo para se acostumar com a ideia de um argentino humilde, modesto, bondoso e carismático. Por enquanto, achar o papa “simpaticão” já parece uma graça divina.

Francisco, como passou a se chamar o ex-arcebispo de Buenos Aires, vai precisar de uma mão de Deus para fazer com que brasileiros e argentinos comunguem do mesmo credo ao menos quando o assunto não for o futebol. Atualmente, como se sabe, vigoram de lado a lado da fronteira entre os povos uma série de mandamentos para este ou praquele lugar, dependendo da discussão.

De uma maneira geral, o brasileiro se acha um cara de sorte por não ter nascido argentino – e vice-versa! Não tem espírito santo em meio à intolerância mútua, mas quem sabe o papa Francisco não introduz ao menos meia dúzia de preceitos católicos na contenda. Por exemplo:

1) Não amarás a Pelé ou Maradona sobre todas as coisas;
2) Não evocarás a mãe do próximo em nenhuma circunstância;
3) Não farás piada com o jeito ridículo de ser do outro;
4) Não meterás o dedo na ferida do vizinho;
5) Não cobiçarás o título alheio;
6) Tolerai-vos uns aos outros.

Milagres acontecem!

(Tutty Vasques)


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3 respostas para “É NOVA E BOA”

  1. Leidioni disse:

    Muuuito bom!!!!!!!!!!!!!

  2. ZOIO disse:

    Lá no sanatório foi bem observada a crise de identidade dos Argh!gentinos. O Rei do Tango, Carlos Gardel, não era arghg!entino; Lionel Messi é, mas joga na Espanha; Francisco é papa, mas de argh!entino não tem nada: parece pobre e é humilde. Em compensação, Cristin a Kirshner é argh!entina, mas não chega nem aos pés de Evita Peron.

  3. Corta Foia disse:

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