Reforma Trabalhista – Parte I
Essa proposta, que ainda passará pelo Senado, é uma revolução na relação entre empregado e empregador.
1º Parte:
O que a ESQUERDA não mostra
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que os sindicatos continuarão existindo, o que deixará de existir é a “Contribuição Sindical Obrigatória”, no qual era descontado em folha do trabalhador o valor de um dia de trabalho e no caso dos empregadores um percentual do capital social e repassado diretamente ao sindicato de classe. A reforma também retira a necessidade de homologação da rescisão pelo sindicato, para quem tem mais de um ano de empresa, valendo a assinatura firmada entre o empregador e o empregado. E caso os trabalhadores não estejam satisfeitos com seu sindicato, este poderá ser substituído por um Comitê de Trabalho, dentro da empresa.
É aí onde o calo da esquerda aperta, fazendo com que ela levante a bandeira contra a Reforma Trabalhista, primeiro porquê a que a contribuição sindical passará de “obrigatória” para “facultativa”, tanto para empregados quanto para empregadores, que ainda poderão definir o quanto querem contribuir para seus sindicatos. Segundo, pois, com o fim da obrigação da homologação da rescisão pelo sindicato, este não terá muitas atividades que gerem custos e que justifiquem uma contribuição sindical. Como um dos primeiros atos do atual governo foi cortar a “bolsa auxílio”, que era pago aos sindicatos para promover “cursos e eventos aos trabalhadores”, e que nunca foi realmente auditado – sem a contribuição obrigatória, e com a possibilidade de substituição do sindicato por um Comitê de Trabalhadores dentro da própria empresa, os sindicatos deverão mostrar “trabalho” para receberem alguma contribuição espontânea de sua classe e continuarem existindo.
Já que a esquerda e os sindicatos vivem de braços dados, como será que a esquerda mobilizará um mar de “manifestantes” e “simpatizantes” todos vestidos de vermelhos em suas mobilizações e estratégias políticas? Então, nada mais lógico que lutar contra a reforma. E para isso, vale tuto, até espalhar boatos de que a reforma acabará com direitos adquiridos na CLT, como se os sindicatos, como a CUT, estivessem realmente interessados nos interesses do povo. Hoje no Brasil há 5.190 sindicatos de empregadores e 11.327 sindicatos de trabalhadores. Eles recolhem cerca de 3,6 bilhões de reais anualmente.
No mais a reforma trabalhista vem para modernizar e desburocratizar a relação entre empregado e empregador, colocando na mão do trabalhador definir como será sua relação de trabalho com a sua empresa.
No próximo artigo, explicarei outros pontos controversos da atual Reforma Trabalhista, que está em tramitação, e que ainda geram muitas dúvidas.
Assuntos Relacionados:
Reforma Trabalhista – Parte II – “Outros pontos da Reforma”
Reforma Trabalhista – Parte III – “Ações Trabalhistas & Justiça do Trabalho”
Reforma Trabalhista – Parte IV – “Desinformando a População”
Largado por Kendra Chihaya | largados comentaram ( 2 ) | Visualizações: 19808
maio 4th, 2017 at 0:16
Sou favorável a extinguir os sindicatos.
maio 12th, 2018 at 16:36
Deviam conhecer a história pra não falar tanta besteira, as
condições de trabalho no inicio da revolução industrial eram péssimas, graças a organização dos trabalhadores melhoram e muito, não pensem que os empresários que espontaneamente, concederam o que temos hoje.O sindicato é a última linha de defesa do trabalhador, o que querem é reduzir custos e aumentar a sonegação. Querem que esqueçam os outros itens que prejudicam o trabalhador, estam mudando o foco, acordem…