Largado por Zoto | largados comentaram ( 18 ) | Visualizações: 266
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junho 12th, 2023 at 10:14
com esse tempo ruim não está fácil pra ninguém , quem pode que fique na cama.
junho 12th, 2023 at 10:15
Mandrião que o digam destesta as segunda e com chuva e frio então… nem se fala.
junho 12th, 2023 at 10:18
Renato diz que o Grêmio jogou melhor e o 3 a zero do Flamengo não corresponde ao que houve em campo.
junho 12th, 2023 at 10:21
Vi um pouco do jogo do time SPFC e o tempo que eu vi ele era só ataque, mas no fim perdeu de 2 a zero, coisas do futebol.
junho 12th, 2023 at 10:22
Anny que o diga seu affair:
junho 12th, 2023 at 10:35
E o affair concluindo diz: não ralha com ele , ele é mandrião mais é o meu mandrião.
junho 12th, 2023 at 11:30
Wilson resistiria na selva se nenhuma onça o pegasse uns 7 dias sem comer, não mais que isso porque gastaria muita energgia se movimentando- acho.
junho 12th, 2023 at 12:02
um mandrião amarraria esses tênis?
junho 12th, 2023 at 16:37
E o meu time, Santos, está pra contratar o Tite, pra chamar o time de empatite. kkkk
junho 12th, 2023 at 17:07
O caso do SANTOS É ÓBVIO QUE NÃO TREINADOR,lá estão dois dos melhores, o Tite hum , não sei.
junho 12th, 2023 at 18:22
A MENOR MULHER DO MUNDO
Nas profundezas da África Equatorial o explorador francês Marcel Pretre, caçador e homem
do mundo, topou com uma tribo de pigmeus de uma pequenez surpreendente. Mais surpreso,
pois, ficou ao ser informado de que menor povo ainda existia além de florestas e distâncias.
Então mais fundo ele foi.
No Congo Central descobriu realmente os menores pigmeus do mundo. E – como uma
caixa dentro de uma caixa, dentro de uma caixa – entre os menores pigmeus do mundo estava o
menor dos menores pigmeus do mundo, obedecendo talvez à necessidade que às vezes a natureza tem de exceder a si própria.
Entre mosquitos e árvores mornas de umidade, entre as folhas ricas do verde mais
preguiçoso, Marcel Pretre defrontou-se com uma mulher de quarenta e cinco centímetros, madura, negra, calada. “Escura como um macaco”, informaria ele à imprensa, e que vivia no topo de uma árvore com seu pequeno concubina. Nos tépidos humores silvestres, que
arredondam cedo as frutas e lhes dão uma quase intolerável doçura ao paladar, ela estava grávida.
Ali em pé estava, portanto, a menor mulher do mundo. Por um instante, no zumbido do calor, foi como se o francês tivesse inesperadamente chegado à conclusão última. Na certa, apenas por não ser louco, é que sua alma não desvairou nem perdeu os limites. Sentindo
necessidade imediata de ordem, e de dar nome ao que existe, apelidou-a de Pequena Flor. E,
para conseguir classificá-la entre as realidades reconhecíveis, logo passou a colher dados a seu respeito.
Sua raça de gente está aos poucos sendo exterminada. Poucos exemplares humanos restam dessa espécie que, não fosse o sonso perigo da África, seria povo alastrado. Fora doença, infectado hálito de águas, comida deficiente e feras rondantes, o grande risco para os escassos Likoualas está nos selvagens Bantos, ameaça que os rodeia em ar silencioso como em madrugada de batalha. Os Bantos os caçam em redes, como fazem com os macacos. E os comem. Assim: caçam-nos em redes e os comem. A racinha de gente, sempre a recuar e a recuar, terminou aquarteirando-se no coração da África, onde o explorador afortunado a descobriria. Por defesa estratégica, moram nas árvores mais altas. De onde as mulheres descem para cozinhar milho, moer mandioca e colher verduras; os homens, para caçar.
Quando um filho nasce, a liberdade lhe é dada quase que imediatamente. É verdade que muitas vezes a criança não usufruirá por muito tempo dessa liberdade entre feras. Mas é verdade que, pelo menos, não se lamentará que, para tão curta vida, longo tenha sido o trabalho. Pois
mesmo a linguagem que a criança aprende é breve e simples, apenas essencial. Os Likoualas usam poucos nomes, chamam as coisas por gestos e sons animais. Como avanço espiritual, têm um tambor. Enquanto dançam ao som do tambor, um machado pequeno fica de guarda contra os
Bantos, que virão não se sabe de onde.
Foi, pois, assim que o explorador descobriu, toda em pé e a seus pés, a coisa humana
menor que existe. Seu coração bateu porque esmeralda nenhuma é tão rara. Nem os
ensinamentos dos sábios da Índia são tão raros. Nem o homem mais rico do mundo já pôs
olhos sobre tanta estranha graça. Ali estava uma mulher que a gulodice do mais fino sonho
jamais pudera imaginar. Foi então que o explorador disse, timidamente e com uma delicadeza
de sentimentos de que sua esposa jamais o julgaria capaz:
– Você é Pequena Flor.
Nesse instante Pequena Flor coçou-se onde uma pessoa não se coça. O explorador – como
se estivesse recebendo o mais alto prêmio de castidade a que um homem, sempre tão idealista,
ousa aspirar – o explorador, tão vivido, desviou os olhos.
A fotografia de Pequena Flor foi publicada no suplemento colorido dos jornais de
domingo, onde coube em tamanho natural. Enrolada num pano, com a barriga em estado
adiantado. O nariz chato, a cara preta, os olhos fundos, os pés espalmados. Parecia um
cachorro.
Nesse domingo, num apartamento, uma mulher, ao olhar no jornal aberto o retrato de
Pequena Flor, não quis olhar uma segunda vez “porque me dá aflição”.
Em outro apartamento uma senhora teve tal perversa ternura pela pequenez da mulher
africana que – sendo tão melhor prevenir que remediar – jamais se deveria deixar Pequena
Flor sozinha com a ternura da senhora. Quem sabe a que escuridão de amor pode chegar o
carinho. A senhora passou um dia perturbada, dir-se-ia tomada pela saudade. Aliás era
primavera, uma bondade perigosa estava no ar.
Em outra casa uma menina de cinco anos de idade, vendo o retrato e ouvindo os
comentários, ficou espantada. Naquela casa de adultos, essa menina fora até agora o menor
dos seres humanos. E, se isso era fonte das melhores carícias, era também fonte deste primeiro
medo do amor tirano. A existência de Pequena Flor levou a menina a sentir – com uma
vaguidão que só anos e anos depois, por motivos bem diferentes, havia de se concretizar em
pensamento – levou-a a sentir, numa primeira sabedoria, que “a desgraça não tem limites”.
Em outra casa, na sagração da primavera, a moça noiva teve um êxtase de piedade:
– Mamãe, olhe o retratinho dela, coitadinha! olhe só como ela é tristinha!
– Mas – disse a mãe, dura e derrotada e orgulhosa – mas é tristeza de bicho, não é tristeza
humana.
– Oh! mamãe – disse a moça desanimada.
Foi em outra casa que um menino esperto teve uma ideia esperta:
– Mamãe, e se eu botasse essa mulherzinha africana na cama de Paulinho enquanto ele está
dormindo? quando ele acordasse, que susto, hein! que berro, vendo ela sentada na cama! E a
gente então brincava tanto com ela! a gente fazia ela o brinquedo da gente, hein!
A mãe dele estava nesse instante enrolando os cabelos em frente ao espelho do banheiro, e
lembrou-se do que uma cozinheira lhe contara do tempo de orfanato. Não tendo boneca com
que brincar, e a maternidade já pulsando terrível no coração das órfãs, as meninas sabidas
haviam escondido da freira a morte de uma das garotas. Guardaram o cadáver num armário até
a freira sair, e brincaram com a menina morta, deram-lhe banhos e comidinhas, puseram-na de
castigo somente para depois poder beijá-la, consolando-a. Disso a mãe se lembrou no
banheiro, e abaixou mãos pensas, cheias de grampos. E considerou a cruel necessidade de
amar. Considerou a malignidade de nosso desejo de ser feliz. Considerou a ferocidade com
que queremos brincar. E o número de vezes em que mataremos por amor. Então olhou para o
filho esperto como se olhasse para um perigoso estranho. E teve horror da própria alma que,
mais que seu corpo, havia engendrado aquele ser apto à vida e à felicidade. Assim olhou ela,
com muita atenção e um orgulho inconfortável, aquele menino que já estava sem os dois dentes
da frente, a evolução, a evolução se fazendo, dente caindo para nascer o que melhor morde.
“Vou comprar um terno novo para ele”, resolveu olhando-o absorta. Obstinadamente enfeitava
o filho desdentado com roupas finas, obstinadamente queria-o bem limpo, como se limpeza
desse ênfase a uma superficialidade tranquilizadora, obstinadamente aperfeiçoando o lado
cortês da beleza. Obstinadamente afastando-se, e afastando-o, de alguma coisa que devia ser
“escura como um macaco”. Então, olhando para o espelho do banheiro, a mãe sorriu
intencionalmente fina e polida, colocando, entre aquele seu rosto de linhas abstratas e a cara
crua de Pequena Flor, a distância insuperável de milênios. Mas, com anos de prática, sabia
que este seria um domingo em que teria de disfarçar de si mesma a ansiedade, o sonho, e
milênios perdidos.
Em outra casa, junto a uma parede, deram-se ao trabalho alvoroçado de calcular com fita
métrica os quarenta e cinco centímetros de Pequena Flor. E foi aí mesmo que, em delícia, se
espantaram: ela era ainda menor que o mais agudo da imaginação inventaria. No coração de
cada membro da família nasceu, nostálgico, o desejo de ter para si aquela coisa miúda e
indomável, aquela coisa salva de ser comida, aquela fonte permanente de caridade. A alma
ávida da família queria devotar-se. E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só
para si? O que, é verdade, nem sempre seria cômodo, há horas em que não se quer ter
sentimentos:
– Aposto que se ela morasse aqui terminava em briga – disse o pai sentado na poltrona,
virando definitivamente a página do jornal. – Nesta casa tudo termina em briga.
– Você, José, sempre pessimista – disse a mãe.
– A senhora já pensou, mamãe, de que tamanho será o nenenzinho dela? – disse ardente a
filha mais velha de treze anos.
O pai mexeu-se atrás do jornal.
– Deve ser o bebê preto menor do mundo – respondeu a mãe, derretendo-se de gosto. –
Imagine só ela servindo a mesa aqui em casa! e de barriguinha grande!
– Chega dessas conversas! – engrolou o pai.
– Você há de convir – disse a mãe inesperadamente ofendida – que se trata de uma coisa
rara. Você é que é insensível.
E a própria coisa rara?
Enquanto isso, na África, a própria coisa rara tinha no coração – quem sabe se negro
também, pois numa Natureza que errou uma vez já não se pode mais confiar – enquanto isso a
própria coisa rara tinha no coração algo mais raro ainda, assim como o segredo do próprio
segredo: um filho mínimo. Metodicamente o explorador examinou com o olhar a barriguinha
do menor ser humano maduro. Foi neste instante que o explorador, pela primeira vez desde
que a conhecera, em vez de sentir curiosidade ou exaltação ou vitória ou espírito científico, o
explorador sentiu mal-estar.
É que a menor mulher do mundo estava rindo.
Estava rindo, quente, quente. Pequena Flor estava gozando a vida. A própria coisa rara
estava tendo a inefável sensação de ainda não ter sido comida. Não ter sido comida era algo
que, em outras horas, lhe dava o ágil impulso de pular de galho em galho. Mas, neste momento
de tranquilidade, entre as espessas folhas do Congo Central, ela não estava aplicando esse
impulso numa ação – e o impulso se concentrara todo na própria pequenez da própria coisa
rara. E então ela estava rindo. Era um riso como somente quem não fala, ri. Esse riso, o
explorador constrangido não conseguiu classificar. E ela continuou fruindo o próprio riso
macio, ela que não estava sendo devorada. Não ser devorado é o sentimento mais perfeito.
Não ser devorado é o objetivo secreto de toda uma vida. Enquanto ela não estava sendo
comida, seu riso bestial era tão delicado como é delicada a alegria. O explorador estava
atrapalhado.
Em segundo lugar, se a própria coisa rara estava rindo, era porque, dentro de sua
pequenez, grande escuridão pusera-se em movimento.
É que a própria coisa rara sentia o peito morno do que se pode chamar de Amor. Ela
amava aquele explorador amarelo. Se soubesse falar e dissesse que o amava, ele inflaria de
vaidade. Vaidade que diminuiria quando ela acrescentasse que também amava muito o anel do
explorador e que amava muito a bota do explorador. E quando este desinchasse desapontado,
Pequena Flor não compreenderia por quê. Pois, nem de longe, seu amor pelo explorador –
pode-se mesmo dizer seu “profundo amor”, porque, não tendo outros recursos, ela estava
reduzida à profundeza – pois nem de longe seu profundo amor pelo explorador ficaria
desvalorizado pelo fato de ela também amar sua bota. Há um velho equívoco sobre a palavra
amor, e, se muitos filhos nascem desse equívoco, tantos outros perderam o único instante de
nascer apenas por causa de uma suscetibilidade que exige que seja de mim, de mim! que se
goste, e não de meu dinheiro. Mas na umidade da floresta não há desses refinamentos cruéis, e
amor é não ser comido, amor é achar bonita uma bota, amor é gostar da cor rara de um homem
que não é negro, amor é rir de amor a um anel que brilha. Pequena Flor piscava de amor, e riu
quente, pequena, grávida, quente.
O explorador tentou sorrir-lhe de volta, sem saber exatamente a que abismo seu sorriso
respondia, e então perturbou-se como só homem de tamanho grande se perturba. Disfarçou
ajeitando melhor o chapéu de explorador, corou pudico. Tornou-se uma cor linda, a sua, de um
rosa esverdeado, como a de um limão de madrugada. Ele devia ser azedo.
Foi provavelmente ao ajeitar o capacete simbólico que o explorador se chamou à ordem,
recuperou com severidade a disciplina de trabalho, e recomeçou a anotar. Aprendera a
entender algumas das poucas palavras articuladas da tribo, e a interpretar os sinais. Já
conseguia fazer perguntas.
Pequena Flor respondeu-lhe que “sim”. Que era muito bom ter uma árvore para morar, sua,
sua mesmo. Pois – e isso ela não disse, mas seus olhos se tornaram tão escuros que o disseram
– pois é bom possuir, é bom possuir, é bom possuir. O explorador pestanejou várias vezes.
Marcel Pretre teve vários momentos difíceis consigo mesmo. Mas pelo menos ocupou-se
em tomar notas e notas. Quem não tomou notas é que teve de se arranjar como pôde:
– Pois olhe – declarou de repente uma velha fechando o jornal com decisão – pois olhe, eu
só lhe digo uma coisa: Deus sabe o que faz.
junho 12th, 2023 at 22:25
Joana Angel & Charlotte Sartre
By Burning Angels
junho 13th, 2023 at 11:30
Joana Angel & Charlotte Sartre
By Burning Angels
meninas roqueiras!
junho 13th, 2023 at 11:33
Joana Angel & Charlotte Sartre
By Burning Angels
junho 13th, 2023 at 19:58
Charlotte é a mais tímida né
junho 14th, 2023 at 5:41
as tetinhas naturais com piercings fazem sucesso!
junho 14th, 2023 at 5:46
que belezinhas
meninas radicais!
junho 14th, 2023 at 6:26
foda o ensaio em que dois largados “montam” nessa gata