Roberto queria falar com o chefe há dias para pedir um aumento, mas nunca tinha coragem o suficiente. Um dia, ele decidiu deixar o medo e a vergonha de lado e bateu na porta do escritório.
— Desculpe incomodar, chefe. Posso falar com o senhor?
— Claro, pode entrar. O que posso fazer por você?
Roberto então respirou fundo e começou:
— Bem, chefe. Como o senhor sabe, eu sou um empregado desta prestigiada empresa há mais de dez anos.
— Sim, disse o chefe.
— Então gostaria de ir direto ao assunto, chefe: eu gostaria de ter um aumento no meu salário. Atualmente, duas empresas estão atrás de mim e então, por respeito, eu decidi falar com o senhor primeiro.
O chefe então tenta argumentar:
— Um aumento? Gostaria muito de lhe dar um aumento, mas este não é um bom momento. Sabe como é, tempos de crise…
— Eu entendo a sua posição, chefe, e eu sei que a recessão econômica tem tido um impacto negativo sobre os nossos lucros, mas o senhor também deve levar em consideração o meu trabalho duro, proatividade e lealdade a esta empresa por mais de uma década.
O chefe então para por alguns instantes e responde:
— Muito bem. Levando em conta todos esses fatores, e considerando que eu não quero perder funcionários, estou disposto a lhe oferecer um aumento de dez por cento e cinco dias extras nas suas férias. O que acha disso?
— Está ótimo! Eu aceito! Obrigado, chefe!
Roberto estava saindo da sala, quando o chefe pergunta:
— Ei, Roberto! Antes de ir, só por curiosidade. Quais companhias estavam atrás de você?
— Ah, a companhia de luz, A companhia de água, Casas Bahia, e outras!